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Cuiabá MT, Quinta-feira, 12 de Junho de 2025

ECONOMIA
Sexta-feira, 30 de Maio de 2025, 09h:18

NO 1º TRIMESTRE DE 2025

Puxado pelo setor do agronegócio, PIB do Brasil cresce 1,4% 6e1562

O resultado ficou próximo da mediana das expectativas do mercado financeiro, que era de 1,5% 5r3x58

LEONARDO VIECELI E EDUARDO CUCOLO
Da Folhapress - Rio e São Paulo
Reprodução
Soja, algodão, milho e bovinocultura são as quatro grandes atividades agropecuárias que permitiram o avanço anual no VBP de Mato Grosso

Puxada pela recuperação da safra agrícola, a economia brasileira acelerou o ritmo de crescimento para 1,4% no primeiro trimestre de 2025, na comparação com os três meses finais de 2024, apontam dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados nesta sexta (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado ficou próximo da mediana das expectativas do mercado financeiro, que era de 1,5%, de acordo com a agência Bloomberg. O intervalo das previsões ia de 0,9% a 1,9%.

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A alta de 1,4% é a maior desde o segundo trimestre de 2024, quando o avanço foi de 1,5%, conforme dados revisados nesta sexta pelo IBGE. Considerando apenas o período de janeiro a março, a nova taxa repete o crescimento do início de 2023 (1,4%).

A agropecuária cresceu 12,2% ante o quarto trimestre de 2024. Enquanto isso, o setor de serviços teve variação positiva de 0,3%, e a indústria ficou praticamente estável, com leve recuo de 0,1%.

O salto da agropecuária veio no embalo da recuperação da safra de grãos, cujo efeito no PIB fica mais concentrado no início do ano. As projeções indicam produção recorde no campo em 2025.

Além da ajuda da agropecuária, o mercado de trabalho seguiu mostrando sinais de força com a geração de empregos formais e renda, após uma série de medidas de estímulo do Governo Lula (PT) na economia.

Em conjunto, os fatores contribuíram para o avanço do PIB mesmo em um cenário de choque na taxa básica de juros (Selic).

A Selic fechou o primeiro trimestre em 14,25% ao ano e voltou a subir em maio, para 14,75%, o maior patamar em quase duas décadas.

O aperto praticado pelo BC (Banco Central) busca frear a inflação e ancorar as expectativas dos agentes financeiros.

Ao longo de 2025, economistas apostam em um ritmo menor do PIB.

A previsão está associada ao fim do impulso da safra agrícola e à manutenção dos juros em patamar elevado.

A Selic de dois dígitos encarece o crédito para consumo e investimentos produtivos.

O ritmo esperado para a desaceleração do PIB, contudo, não é unânime entre os economistas.

Analistas ainda se perguntam até que ponto o governo Lula estará disposto a abrir mão de medidas para estimular a atividade antes das eleições de 2026.

O cenário para os próximos trimestres também carrega incertezas do mercado internacional devido à guerra de tarifas aberta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Na mediana, as projeções do mercado financeiro indicam alta de 2,14% para o PIB brasileiro no acumulado de 2025, abaixo do crescimento em 2024, conforme o boletim Focus divulgado pelo BC na segunda (26).

O governo federal, por sua vez, espera um avanço de 2,4%, de acordo com revisão anunciada na semana ada pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

O desempenho da economia tem sido comemorado por Lula e seus apoiadores. Ainda assim, o presidente viu sua aprovação despencar no início de 2025. A inflação dos alimentos foi apontada como uma das principais questões por trás da queda da popularidade do petista.

O PIB é a soma dos bens e serviços produzidos por um país em um determinado período (ano ou trimestre). Seu avanço é usualmente chamado de crescimento econômico.


Edição EDIÇÃO 1615




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