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O pastor evangélico e líder indígena José Acácio Serere Xavante, 42, conhecido como Cacique Tserere,
O cacique José Acácio Tserere Xavante, em prisão domiciliar, pediu ao ministro Alexandre de Moraes (STF) autorização para se ausentar temporariamente do local em que cumpre medida cautelar.
O pedido, segundo o portal Metrópoles, tem como objetivo permitir sua participação em uma cerimônia cultural do povo xavante, marcada para ocorrer entre os dias 9 e 15 de junho, na Terra Indígena Sangradouro, no Leste de Mato Grosso.
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Segundo a a defesa, trata-se de um “evento espiritual, cultural e comunitário de máxima relevância para a preservação da identidade étnica, da coesão social e da transmissão dos saberes ancestrais da coletividade indígena”.
Entre os rituais previstos. estão a furação de orelhas, que é considerada um rito de agem para a vida adulta, a maratona da corrida do veneno, na qual jovens correm longas distâncias carregando troncos, e a caça ritualística no mato, praticada como forma de reafirmação dos laços comunitários e da tradição guerreira do grupo.
As advogadas argumentam que a negativa ao pedido poderia configurar “violação à liberdade cultural e religiosa da coletividade”.
No pedido, também foi informado que o trajeto entre Aragarças (GO), onde Tserere cumpre a prisão domiciliar, e a Terra Indígena Sangradouro tem cerca de 233,7 km e seria feito pela BR-070.
José Acácio Tserere Xavante foi preso em 2022 por decisão do STF.
Entre as acusações estão ameaças a ministros da Corte, convocação de grupo armado para impedir a diplomação do presidente Lula (PT) e invasão de área restrita do Aeroporto de Brasília.
Em setembro de 2023, Tserere Xavante saiu da prisão com tornozeleira eletrônica, mas descumpriu as medidas cautelares e fugiu para a Argentina, em busca de asilo político.
Em dezembro do mesmo ano, ele foi capturado pela Polícia Federal em Foz do Iguaçu (PR), na fronteira entre Brasil e Argentina.