Começou o período do Vazio Sanitário da soja, em Mato Grosso. Serão 90 dias de proibição de cultivo da oleaginosa, indo de 8 de junho até 6 de setembro.
Conforme a Portaria SDA/MAPA nº 1.271/2025 e Instrução Normativa conjunta Nº 002/2025/SEDEC/INDEA-MT, até setembro - por 90 dias - a presença de plantas vivas de soja nas propriedades, sejam cultivos ou plantas voluntárias, para evitar a incidência do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática.
É uma estratégia de defesa agropecuária, vinculada às normativas nacionais de controle da ferrugem asiática, dentro do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS). O Programa busca o fortalecimento do sistema de produção agrícola da soja, congregando ações estratégicas de defesa sanitária vegetal com e da pesquisa agrícola e da assistência técnica na prevenção e controle da doença.
A data consta na normativa do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), que é o órgão responsável por fazer a fiscalização e o monitoramento em propriedades rurais onde há o cultivo da soja e demais áreas.
Para acompanhar se o Vazio Sanitário está sendo cumprido, fiscais do Indea realizarão fiscalizações nas propriedades. O sojicultor que não cumprir o Vazio Sanitário fica sujeito à multa. Em caso de dúvidas, o produtor de soja pode procurar uma unidade do Indea mais próxima ou ar os canais de comunicação oficiais do órgão.
O analista de Agricultura da Famato, Alex Rosa, destaca que o Vazio Sanitário é um período fundamental para a sanidade da produção de soja e explica que é uma responsabilidade compartilhada. “Estamos protegendo o potencial produtivo da próxima safra, reduzindo custos com defensivos e, acima de tudo, garantindo a sustentabilidade e a competitividade da agricultura de Mato Grosso”, completou Alex Rosa.
PLANTIO DA SOJA - A Portaria SDA/MAPA nº 1.271/2025 define também o período do plantio da soja em Mato Grosso, que vai de 7 de setembro de 2025 a 7 de janeiro de 2026.
Conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), realizou o segundo levantamento da safra 2025/26 em Mato Grosso, junto aos agentes de mercado, apontando a manutenção dos principais indicadores.
As incertezas quanto aos investimentos na temporada ainda são grandes, considerando a elevada taxa de juros no país, os altos custos de produção e os preços pouco atrativos da soja, fatores que têm desmotivado o produtor mato-grossense a ampliar significativamente a área cultivada. Assim, a área projetada para a safra 2025/26 foi estimada em 13,01 milhões de hectares, representando um aumento de 1,67% em relação à safra anterior.
Em relação ao rendimento da soja, neste primeiro momento, as projeções permanecem conservadoras, uma vez que diversos fatores que podem impactar a produtividade ainda são incertos, como as condições climáticas, a ocorrência de pragas e doenças, e o nível de investimento dos produtores. Diante disso, foi utilizada a média de produtividade dos últimos três anos, resultando em uma estimativa de 60,45 sacas por hectares, queda de 8,81% em relação à safra ada, que registrou o maior rendimento da série histórica.
Por fim, a produção de soja em Mato Grosso para a safra 2025/26 está estimada em 47,18 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 7,29% na comparação com a safra anterior.
