
Em menos de três meses, ao menos 32 pessoas morreram após serem infectadas pelo vírus chikungunya neste ano, em Mato Grosso.
Há ainda 13 óbitos em investigação.
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Os dados, do de Arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), chamam a atenção pela alta letalidade mesmo quando comparada à dengue, com 18 mortes, sendo oito confirmadas e as demais ainda em análise.
Para se ter ideia do salto expressivo no número de vítimas fatais, até o último dia 13 deste mês, quando a SES-MT anunciou a realização de uma reunião técnica com a presença de representantes da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), do Ministério da Saúde, o Estado registrava 23 óbitos confirmados por chikungunya e oito por dengue.
Com 19.831 casos comprovados, a chikungunya tem uma taxa de incidência de 330,00 casos por 100 mil habitantes, enquanto a dengue, com 11.394 notificações, contabiliza uma taxa de 269,89/100 mil.
Também provocada pelo mosquito Aedes aegypti, a zika tem 402 confirmações, sem óbitos até o momento, neste ano.
Ainda na semana ada, o secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, informou que pediu o apoio da Força Nacional para o planejamento das ações de combate às arboviroses no Estado, principalmente, para intensificar o trabalho em Cuiabá e Várzea Grande.
“O apoio da Força Nacional para o planejamento de estratégias será fundamental, pois precisamos fortalecer a atenção básica e primária para que não haja uma sobrecarga ainda maior dos hospitais", disse, na ocasião.
"Também é imprescindível o diálogo com a população, já que mais de 80% dos criadouros do mosquito estão em ambientes residenciais”, completou.
Já no último dia 14, a SES-MT instalou o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública por Arboviroses e Vírus Respiratórios (COE-ArboVR) em sua sede, localizada no Centro Político istrativo, em Cuiabá.
Segundo o órgão estadual, o COE-ArboVR tem a participação de representantes de diversas entidades e secretarias, tanto estaduais quanto municipais, incluindo o Ministério Público e outras organizações.
As ações diretas do COE envolvem a coordenação e o gerenciamento das medidas necessárias para o enfrentamento de emergências em Saúde Pública, monitorando a situação, articulando com gestores do SUS e implementando planos de contingência.
CUIABÁ - Uma comitiva do Ministério da Saúde (MS) visitou, nesta semana, a UPA Verdão, em Cuiabá, para realizar uma ação de caráter orientativo e prático.
A iniciativa busca aprimorar os fluxos assistenciais de atendimento a pacientes com arboviroses que tem gerado alta taxa de óbitos no Estado.
Na Capital, não tem sido diferente. Até o momento, o município tem 27 mortes por chikungunya e duas por dengue, conforme da Ses-MT.
Conforme a Prefeitura, a presenta da comitiva do MS visa reforçar a importância de um atendimento adequado e eficaz, desde a atenção primária até a alta complexidade, para evitar complicações graves, consequentemente, óbitos evitáveis.
"O MS destacou que Mato Grosso é um dos estados que mais têm concentrado óbitos por chikungunya em 2025, tornando urgente a implementação de medidas para melhorar a resposta do sistema de saúde", informou por meio da assessoria.
Entre as orientações readas, destaca-se a importância do acolhimento correto dos pacientes, a identificação precoce das arboviroses e a aplicação de tratamentos adequados conforme o tempo de evolução da doença.
Estas ações podem acelerar o fluxo de atendimento, reduzir a pressão sobre as unidades de saúde e diminuir os riscos de complicações clínicas nos pacientes.
A istração municipal garante ainda que tem adotado diversas medidas para conter a proliferação das arboviroses e melhorar o atendimento à população.
A cidade criou um Plano de Contenção das Arboviroses, que inclui a expansão dos atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), a implementação de um consultório de triagem para diagnóstico rápido e a intensificação das fiscalizações para combater o vetor da doença.
Além disso, campanhas de conscientização têm sido realizadas para alertar a população sobre a importância da participação ativa no combate ao mosquito transmissor.
A Secretária Municipal de Saúde de Cuiabá, Lucia Helena Barboza, destacou a importância do trabalho conjunto entre os níveis federal, estadual e municipal.
"Estamos enfrentando uma situação desafiadora, mas com a parceria do Governo Federal e o esforço das equipes locais, estamos conseguindo intensificar as ações de controle e garantir que a população de Cuiabá tenha o ao atendimento necessário. A saúde é uma prioridade para nós, e estamos trabalhando de forma integrada para minimizar os impactos dessa epidemia", afirmou Lucia Helena.